sexta-feira, 25 de julho de 2014

Começa identificação de corpos enterrados como indigentes no Cemitério de Perus em São Paulo

Andreia Verdélio
Agência Brasil 
Segundo  Ideli  Salvatti,  remoção  das  ossadas deve começar em setembro / Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Segundo Ideli Salvatti, remoção das ossadas deve começar em setembro / Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Os peritos que vão identificar as 1.049 ossadas encontradas em uma vala clandestina no Cemitério de Perus, em São Paulo, em 1990, começaram a trabalhar nesta semana e nesta quarta-feira (23) fazem a primeira reunião com parentes dos desaparecidos políticos.
A ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, informou que os peritos nacionais contratados pela Secretaria de Direitos Humanos visitaram segunda-feira (21) a casa onde ficará instalado o laboratório de análise das ossadas para orientar as reformas que precisam ser feitas. “Alugamos um imóvel porque houve rejeição das famílias à possibilidade de se fazer esse trabalho no IML [Instituto Médico-Legal]. Como não temos um banco de DNA completo dos familiares, hoje eles já iniciam a coleta do material, mesmo antes da reforma da casa”, explicou Ideli.
Segundo a ministra, em setembro ou outubro, começará a remoção das ossadas do cemitério para o imóvel, mas a identificação dos restos mortais deve continuar até o ano que vem.
O projeto conta com apoio do Ministério da Educação e Cultura e tem parceria com a Universidade Federal de São Paulo. Segundo a ministra, as duas instituições já tem um projeto em andamento para a criação de um centro de informações em antropologia forense. “É um trabalho extremamente delicado, o de confrontação de DNA. Apesar de ser algo antigo, para as famílias envolvidas, é uma questão decisiva”, disse Paulo Sérgio Pinheiro, um dos membros da Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Os peritos que vão identificar as 1.049 ossadas encontradas em uma vala clandestina no Cemitério de Perus, em São Paulo, em 1990, começaram a trabalhar nesta semana e hoje (23) fazem a primeira reunião com parentes dos desaparecidos políticos.
A ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, informou que os peritos nacionais contratados pela Secretaria de Direitos Humanos visitaram segunda-feira (21) a casa onde ficará instalado o laboratório de análise das ossadas para orientar as reformas que precisam ser feitas. “Alugamos um imóvel porque houve rejeição das famílias à possibilidade de se fazer esse trabalho no IML [Instituto Médico-Legal]. Como não temos um banco de DNA completo dos familiares, hoje eles já iniciam a coleta do material, mesmo antes da reforma da casa”, explicou Ideli.
Segundo a ministra, em setembro ou outubro, começará a remoção das ossadas do cemitério para o imóvel, mas a identificação dos restos mortais deve continuar até o ano que vem.
O projeto conta com apoio do Ministério da Educação e Cultura e tem parceria com a Universidade Federal de São Paulo. Segundo a ministra, as duas instituições já tem um projeto em andamento para a criação de um centro de informações em antropologia forense. “É um trabalho extremamente delicado, o de confrontação de DNA. Apesar de ser algo antigo, para as famílias envolvidas, é uma questão decisiva”, disse Paulo Sérgio Pinheiro, um dos membros da Comissão Nacional da Verdade (CNV).”
O corpo [de Goulart] foi trazido a Brasília, houve uma cerimônia tocante, em que vimos os chefes militares batendo continência e, portanto, a sociedade exige uma resposta sobre a causa mortis. Precisamos dar uma resposta à nação, se o ex-presidente foi morto ou não. Pleiteamos que, até outubro, tenhamos isso em mãos”, disse Dias.
De acordo Idelii,no caso do ex-presidente da República, os exames estão sendo feitos por laboratórios em São Paulo, na Espanha e em Portugal. Os laudos dos exames dos gases do túmulo, feitos na capital paulista, já foram encaminhados à Polícia Federal, assim como o laudo do laboratório português.
Apenas o laboratório na Espanha ainda dá andamento aos exames. “Não temos como adiantar os resultados porque os laudos são complementares, mas vão integrar o relatório final da CNV”, disse Salvatti.
João Goulart morreu no exílio, no dia 6 de dezembro de 1976 em Mercedes, na Argentina. A suspeita da família é que Jango, como era conhecido o ex-presidente, tenha morrido envenenado, e não de ataque cardíaco, conforme divulgaram na ocasião as autoridades do regime militar.
A entrega do relatório final da CNV está marcada para 10 de dezembro, data em que se celebra a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita em 1948.

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